segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Casa Perini – Moscatel (Espumante)

Quero ser "bebido" de 4 a 6 graus por favor.
Recentemente falamos do Marselan da Casa Perini, um pessoal aí que acompanha o blog provou e também gostou, acharam um vinho interessante para quem está saíndo do demi-sec para o seco.
Hoje vamos falar do Espumante Moscatel da mesma vinícola Perini.
Além de ter gostado muito desse Moscatel, conheço uma galerinha que também se amarrou nesse espumante... Muito fácil de se beber, suave e principalmente para quem está se acostumando com a ideia do vinho ainda: DOCE!!
Vamos a prova.

Produtor: Casa Perini
Ano: -
Graduação Alcoólica: 8%
Casta: Moscato
Região: Vale Trentino, Serra Gaúcha
Preço: R$ 20 – R$ 30
Onde Encontro: Cacá Bebidas
Harmoniza com: Sobremesas, Bolos. É um vinho de comemoração, happy hour.
Notas: Abrir uma garrafa de espumante já é ótimo, ver o caldo correr na taça é irresistível. Logo de cara o Moscato demonstra as suas características de uma cor amarelo-palha com toques esverdeados. O Perlage é médio, borbulhas persistentes. No nariz vem um aroma cítrico, floral... Sem grandes surpresas. No paladar um frescor muito bom, bastante macio e com acidez controlada, o final é doce, retrogosto curto. Esse fica com uma nota 14 no meu conceito pessoal de 0 à 20.
É um vinho acessível e bom para comemorações, acho que quem estava em duvida de qual espumante comprar para as festas de fim de ano, pode comprar uma caixa desse sossegado.
Abraços.

sábado, 26 de novembro de 2011

Vinho e Saúde


É isso aí, acho que todos nós já escutamos em algum determinado momento que o vinho faz bem para o coração, combate de certa forma o envelhecimento que é bom para isso e para aquilo, de fato é verdade, e claro - se for consumido moderadamente (não sei porque essa palavra existe!!!!).
Bem, alguém aí já ouviu falar de Radicais Livres não é? Em um resumo muito breve, os Radicais Livres em nosso organismo desenvolvem tudo o que a mulherada odeia, isso é: ENVELHECIMENTO. Se analisarmos como os radicais livres agem na natureza podemos citar: Oxidação de metais, endurecimento de tintas, ranço das gorduras. Aí pensamos, se os RL's fazem isso na natureza, o que eles fazem no corpo humano? Catarata, Câncer, Envelhecimento, Aterosclerose e por aí vai... São quase 60 condições clínicas.
Embora o nosso corpo humano produza RL's para suprir necessidades físicas como: inflamações, isquemia e estresse, ele ainda consegue dar uma estragadinha na gente de forma externa como na radiação ultravioleta (Sol), poluição e o cigarro.
Falamos do meio-vilão, agora vamos para o meio-mocinho.
A coitada da uva também sofre com os RL's livres, e creio que foram alguns milhares de anos até que a uva desenvolvesse um sistema de defesa contra fungos principalmente. Vamos falar dele – Resveratrol. O Resveratrol é um organismo que a uva produz como fonte de defesa, assim a uvinha se protege de pragas, ferrugem, e até o clima quente e frio. Esse tal de Resveratrol é um Polifenol, e estudos comprovam que no vinho existem mais de 200 polifenóis, e podem acreditar, todos são benéficos à saúde.
No vinho existem cerca de 1.000 substâncias conhecidas. Muitas delas com efeitos muito interessantes para o organismo como alguns eletrólitos, oligoelementos, aminoácidos (sobretudo a Lisina, a Fenilalanina, o Triptofânio e o Ácido Glutâmico, considerados aminoácidos essenciais – aqueles que são indispensáveis ao homem e o organismo não sabe produzir), proteínas, enzimas, vitaminas (principalmente as do Complexo B) e o álcool. O mais importante e interessante é que todos eles convivem numa harmonia esplendorosa no vinho, como não se vê em nenhuma outra bebida e em nenhum outro alimento. O Resveratrol é apenas um astro em uma constelação.
Certamente a quantia de Polifenóis totais e a capacidade antioxidante expressam melhor a relação de um determinado vinho com os benefícios para a saúde do que a dosagem de Resveratrol. É necessário ter claro que o vinho é muito mais que uma, duas ou poucas substâncias. Ele é um ser vivo e complexo (como as pessoas!) onde uma plêiade de compostos co-existem em uma perfeita harmonia. Atribuir a uma única substância os benefícios do vinho para a saúde é um erro que devemos evitar.
Não se esqueçam, o vinho entre várias de suas propriedades combate o envelhecimento das células, doenças cardiovasculares e até certos tipos de câncer.
Qual outra bebida alcoólica trás tantos benefícios à nossa saúde quanto uma taça de vinho? ou duas, ou três taças? :P
 Alguns trechos desse texto foram retirados do site: vinhosnet.com.br, Todos os direitos Reservados.

sábado, 19 de novembro de 2011

Casa Perini - Marselan 2007 (Tinto)


Sou suspeito a falar de vinhos nacionais, sempre entraram muito bem no meu gosto pessoal. Acredito cegamente que o Brasil produz vinhos de altíssima autenticidade e qualidade, outra coisa que acredito é que não devemos comparar um vinho com algum outro... Cada vinho tem a sua elaboração, terroir, carinho prestado entre outros adjetivos, já perguntaram para mim se um vinho nacional é tão bom quanto um vinho francês ou qualquer outro que seja produzido na Europa, analisemos o seguinte ponto, o Brasil tem pouco mais de 500 anos, errando e aprendendo como qualquer outro jovem país, agora olhemos para a Europa, não é atoa que é chamada de Velho Mundo(diga-se Eurafrásia), e para o vinho de lá não é diferente, principalmente os Bordaleses da França que são referência de grandes vinhos, alguns que chegam facilmente na casa de 1500€ como Châteua Petrus. Evitando comparações e voltando ao vinho desse post... Casa Perini, um vinicultor da região de Vale Trentino na Serra Gaúcha. Recentemente provei esse vinho que é de uma uva não tão famigerada quanto as Carbenet Sauvignon, Merlot, Malbec, etc... O nome da casta é Marselan! Marselan é um cruzamento de duas uvas francesas, Cabernet Sauvignon e Grenache Noir.
Vamos a prova.

Produtor: Casa Perini
Ano: 2007
Graduação Alcoólica: 13%
Casta: Marselan
Região: Vale Trentino, Serra Gaúcha
Preço: R$24 – R$ 30
Onde Encontro: Cacá Bebidas
Harmoniza com: Carnes, Aves e Queijos Duros.
Notas: Cor bastante intensa, um vermelho rubi bem elegante, no nariz demonstra notas de damasco, chocolate e frutas vermelhas, na boca surge com taninos bem aveludados, um corpo macio e de moderada persistência, retrogosto suave.
A escolha desse vinho foi bem peculiar, um caldo muito fácil de se tomar, é um vinho que entraria facilmente para pessoas que estão saindo do demi-sec para o seco.
Em uma classificação pessoal de 0 à 20 eu daria 15 para esse Marselan da Casa Perini.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vino e Veritas, Eu - Parte II


Continuando...
Como eu disse, na minha adolescência eu optei em não consumir nada alcoólico, nada de drogas também (além de meus irmãos), e olha que oportunidades não faltaram para ambas as ocasiões.
22 de Abril de 2007, essa é uma data que dificilmente irei apagar de minhas lembranças, tinha acabado de pousar literalmente do outro lado do planeta em um país longínquo chamado Nova Zelândia (não me atentarei ao mérito de contar minha vida lá, vamos para o Vino). A Nova Zelândia é um país com uma fortíssima cultura vinífera, dotada de um clima ameno onde as temperaturas vão de -3 graus no inverno à 24 graus no verão (foi o máximo que peguei). A NZ é um dos países mais jovens do mundo, a sua produção de vinho também é bastante recente comparado até a nossa própria história aqui no Brasil, a diferença fica no exponencial de crescimento e maturidade de suas castas, a NZ produz vinhos brancos de legítima autenticidade e qualidade, tais como Chardonnays, Sauvignon Blancs e a minha casta favorita Pinot Noir no tinto de preferência.
Até chá de boldo fica bom aqui!
Depois de um pouco de história vem a bebedeira, foi lá, nesse país cheio de encantos que acabei de me encantar por completo aos vinhos, oportunidade de ouro que tenho com muito carinho em mim... Agora alguns devem se perguntar: Alisson, primeiro vinho, primeira oportunidade e aí? Olha na boa, achei uma droga... Esperei tantos anos para beber algo que tinha álcool, e quando bebo o caldo é ruim de mais, o vinho era seco, um Pinot Noir chamado Wooing Tree Vineyard de 2005.
O amigo aí está mostrando a cara que fiz no momento oportuno.
Acho que esse é um choque a todas as pessoas que nunca tomaram um vinho têm.
Analise teórica: A uva é doce, o suco é uma delicia... Só coloca o álcool para ficar "tontão", não é? Pobre engano! Sério, pensei que o meu primeiro vinho estava estrago (como eu era ingênuo). Continuei com a minha peregrinação vinífera, comprei outra garrafa, depois outra e outra... E sabe que adaptei até rapidamente, na terceira garrafa já conseguia apreciar o caldo, apesar de ficar "alegre" muito rápido (sério, rápido era com 2 taças, ficava doidão, tudo girava).
Fazia questão de anotar tudo em um caderno, cada vinho, o gosto, o teor alcoólico, o cheiro (tudo muitíssimo amador, sem estudo algum), e por fim dava uma nota ali no geral.
Olha por ser amador e guri, até que acho que me saí bem nas minhas primeiras degustações, pedi vários conselhos ao pessoal neozelandês que conhecia, ao Head Chef do restaurante francês que trabalhei no início, uma galerinha aí que me ajudou bastante e me deu tranquilidade para esperar e apreciar a bebida, acho isso muito importante... Falando do gosto de cada um, ninguém sai do suave tão fácil e vai para um seco de uma hora para outra, tem que sentir a uva, sentir a graduação alcoólica, a temperatura ideal para cada tipo de uva e uma série de fatores... Eu não passei pela fase do vinho suave, mas creio que a mudança começa a acontecer quando a bebida não consegue te oferecer um “além”, aquele “Q” a mais... Não digo infelizmente mas, a qualidade de um vinho suave é bem limitada e chega uma hora que o nosso paladar acaba ficando um tanto quanto exigente... Aí que começamos a descobrir novos “ares”, o antigo e bom acaba se tornando insuficiente, ultrapassado para os nossos gostos... Vou tratar de como essa mudança pode ser feita de uma forma amigável nos próximos posts.
Bem, era isso... Uma história fraquinha que me senti no dever de compartilhar com vocês, quem roeu as unhas até aqui com essa história entediante, já vou tranquilizando que nos próximos posts vem dicas de vinho e de degustações, até lá.
Abração a todos.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Vino e Veritas, Eu - Parte I

Vou começar pela parte que quase ninguém se interessa, o "Vino"(Vinho) e "Veritas"(Verdade) sobre mim.
Até onde consigo buscar em minhas memórias, o interesse pelo vinho já dava os seus primeiros passos quando guri, em algum momento pulando de um canal para o outro desesperadamente atrás de desenhos animados, me deparo com uma pessoa sentada em uma mesa bem elegante, com várias taças postadas a sua frente, logo imaginei "Não, ele não vai beber tudo isso", apesar das taças não estarem completamente cheias, eram várias delas! Continuando... Com o desfecho do programa, notei que a pessoa balançava a taça e a observava por um instante, logo após a pessoa literalmente enfiava o "narizão" dentro delas, quase tocando aquela bebida com a coloração roxa, e logo após tomava um gole e cuspia, sim, ele cuspia a bebida fora... Por fim anotava em uma lista algo que não conseguia entender, aí pensei, primeiro ele cheira, depois bebe e cospe? Que louco!!! Mesmo assim continuei a assistir. Descobri com o decorrer do programa que a bebida se chamava Vinho, que aquilo era uma degustação de vinhos onde se classificavam dentre vários, os melhores de acordo com visão, olfato e paladar. Algo era diferente naquilo tudo, as pessoas a minha volta não cheiravam as suas bebidas e nem muito menos cuspiam sem bebê-las, era realmente algo muito atrapalhado para a cabeça de um menino. Fui coletando mais informações com o pessoal de casa, conhecidos e falaram como eram as degustações de vinho, a complexidade da bebida, o amor que era empregado ao seu plantio até a produção final... Não preciso dizer que isso me despertou um interesse gigantesco, porém, eu ainda era um guri para provar algo.
Os anos se passaram, optei em minha vida (mesmo na aborrecência) em não consumir bebidas alcoólicas, mas mesmo assim, aquela vontade do vinho morava dentro de mim, algo curioso e misterioso que residia naquelas garrafas.
Agora como eu realmente apreciei a bebida e pude conhecê-la, é um assunto para a parte 2 sobre Vino e Veritas sobre mim.
Um abraço fraternal a todos.