Continuando...
Como eu disse, na minha adolescência eu optei em não consumir nada alcoólico, nada de drogas também (além de meus irmãos), e olha que oportunidades não faltaram para ambas as ocasiões.
22 de Abril de 2007, essa é uma data que dificilmente irei apagar de minhas lembranças, tinha acabado de pousar literalmente do outro lado do planeta em um país longínquo chamado Nova Zelândia (não me atentarei ao mérito de contar minha vida lá, vamos para o Vino). A Nova Zelândia é um país com uma fortíssima cultura vinífera, dotada de um clima ameno onde as temperaturas vão de -3 graus no inverno à 24 graus no verão (foi o máximo que peguei). A NZ é um dos países mais jovens do mundo, a sua produção de vinho também é bastante recente comparado até a nossa própria história aqui no Brasil, a diferença fica no exponencial de crescimento e maturidade de suas castas, a NZ produz vinhos brancos de legítima autenticidade e qualidade, tais como Chardonnays, Sauvignon Blancs e a minha casta favorita Pinot Noir no tinto de preferência.
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| Até chá de boldo fica bom aqui! |
Depois de um pouco de história vem a bebedeira, foi lá, nesse país cheio de encantos que acabei de me encantar por completo aos vinhos, oportunidade de ouro que tenho com muito carinho em mim... Agora alguns devem se perguntar: Alisson, primeiro vinho, primeira oportunidade e aí? Olha na boa, achei uma droga... Esperei tantos anos para beber algo que tinha álcool, e quando bebo o caldo é ruim de mais, o vinho era seco, um Pinot Noir chamado Wooing Tree Vineyard de 2005.
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| O amigo aí está mostrando a cara que fiz no momento oportuno. |
Acho que esse é um choque a todas as pessoas que nunca tomaram um vinho têm.
Analise teórica: A uva é doce, o suco é uma delicia... Só coloca o álcool para ficar "tontão", não é? Pobre engano! Sério, pensei que o meu primeiro vinho estava estrago (como eu era ingênuo). Continuei com a minha peregrinação vinífera, comprei outra garrafa, depois outra e outra... E sabe que adaptei até rapidamente, na terceira garrafa já conseguia apreciar o caldo, apesar de ficar "alegre" muito rápido (sério, rápido era com 2 taças, ficava doidão, tudo girava).
Fazia questão de anotar tudo em um caderno, cada vinho, o gosto, o teor alcoólico, o cheiro (tudo muitíssimo amador, sem estudo algum), e por fim dava uma nota ali no geral.
Olha por ser amador e guri, até que acho que me saí bem nas minhas primeiras degustações, pedi vários conselhos ao pessoal neozelandês que conhecia, ao Head Chef do restaurante francês que trabalhei no início, uma galerinha aí que me ajudou bastante e me deu tranquilidade para esperar e apreciar a bebida, acho isso muito importante... Falando do gosto de cada um, ninguém sai do suave tão fácil e vai para um seco de uma hora para outra, tem que sentir a uva, sentir a graduação alcoólica, a temperatura ideal para cada tipo de uva e uma série de fatores... Eu não passei pela fase do vinho suave, mas creio que a mudança começa a acontecer quando a bebida não consegue te oferecer um “além”, aquele “Q” a mais... Não digo infelizmente mas, a qualidade de um vinho suave é bem limitada e chega uma hora que o nosso paladar acaba ficando um tanto quanto exigente... Aí que começamos a descobrir novos “ares”, o antigo e bom acaba se tornando insuficiente, ultrapassado para os nossos gostos... Vou tratar de como essa mudança pode ser feita de uma forma amigável nos próximos posts.
Bem, era isso... Uma história fraquinha que me senti no dever de compartilhar com vocês, quem roeu as unhas até aqui com essa história entediante, já vou tranquilizando que nos próximos posts vem dicas de vinho e de degustações, até lá.
Abração a todos.


muito boa a sua história, continue escrevendo
ResponderExcluirbeijo
Estou acompanhando o seu blog....Sucesso!!!
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